quinta-feira, 14 de março de 2013

Letters for You


 Quem aqui gosta de escrever cartas?

Existem as cartas comerciais, cartas de cobrança, cartas entre amigos, de pessoas que estão distantes e também das que estão próximas, cartão postal com fotos de cidades incríveis e é claro as cartas de amor.



Antigamente escrevia-se muito, principalmente para a pessoa amada, mas hoje as cartas foram substituídas pelos emails, por ser um meio de comunicação mais prático e rápido. Porém, é nas cartas escritas a punho que podemos sentir a emoção que a outra pessoa deseja nos transmitir, através dos detalhes e da dedicação que estão registradas em cada linha...

A parte mais encantadora das cartas é poder lê-las novamente com o passar dos anos... Abrir aquela caixinha repleta de lembranças em papel envelhecido, a tinta da caneta borrada, o cheirinho, a nostalgia e a saudade...tudo isso realmente não tem preço. 

Já reparou que você pensa 3 vezes antes de jogar uma carta fora, ao mesmo tempo que são tantos os emails que recebe por dia, que com apenas um clique, você deleta vários sem pensar ou se arrepender (rsrs)... Tudo isso porque a carta tem significado, tem importância, tem calor, tem essência, a medida que os emails são automáticos e frio. 

Quer bons motivos para escrever uma carta? Quando escrevemos, conseguimos nos expressar melhor, dizer coisas que talvez pessoalmente não fossemos capazes. Quando escrevemos temos a oportunidade de pensar, usar da criatividade e reescrever algo que não saiu da forma como gostaríamos. É um meio mais fácil para fazer grandes declarações, sustentar amores a distância, desabafar contando sentimentos que muitas vezes deixamos guardados a 7 chaves no coração. Além disso, é uma forma bela de eternizar sentimentos e emoções daquele momento. Realmente escrever cartas deveria ser costume para alguns, hobby para outros... É algo tão simples e prazeroso.


Indicação 1: O filme Querido John (Dear John), é uma linda história de amor a distância, onde a única comunicação entre o casal são as cartas. 


Que tal você escrever uma carta hoje? Para um amigo, um familiar ou para o grande amor da sua vida...
Deixo aqui algumas inspirações sobre cartas de amor históricas que marcaram presença! Vale a pena ler. ;)
Beijos. Rosana




De Beethoven para sua Amada Imortal
Carta encontrada após a morte de Beethoven. A história inspirou o filme "Minha Amada Imortal" de 1995.



“Meu anjo, meu tudo, meu próprio ser – Hoje apenas algumas palavras à caneta (à tua caneta). Só amanhã os meus alugueres estarão definidos – que desperdício de tempo… Por que sinto essa tristeza profunda se é a necessidade quem manda? Pode o teu amor resistir a todo sacrifício embora não exijamos tudo um do outro? Podes tu mudar o fato de que és completamente minha e eu completamente teu? Oh Deus! Olha para as belezas da natureza e conforta o teu coração. O amor exige tudo, assim sou como tu, e tu és comigo. Mas esqueces-te tão facilmente que eu vivo por ti e por mim. Se estivéssemos completamente unidos, tu sentirias essa dor assim como eu a sinto. [...] Nós provavelmente devemos nos ver em breve, entretanto, hoje eu não posso dividir contigo os pensamentos que tive nos últimos dias sobre minha própria vida – Se os nossos corações estivessem sempre juntos, eu não teria nenhum… O meu coração está cheio de coisas que eu gostaria de te dizer – ah – há momentos em que sinto que esse discurso é tão vazio – Alegra-te – Lembra-te da minha verdade, o meu único tesouro, o meu tudo como eu sou o teu. Os deuses devem-nos mandar paz… Teu fiel Ludwig”



De Yoko Ono para John Lennon

Uma triste carta de saudades... Yoko escreveu às vésperas do 27° aniversário de morte de Lennon.



“Sinto saudades, John. 27 anos se passaram e ainda desejo poder voltar no tempo até aquele verão de 1980. Lembro-me de tudo – dividindo nosso café da manhã, caminhando juntos no parque em um dia bonito, e ver sua mão pegando a minha – que me garantia que não deveria me preocupar com nada, porque nossa vida era boa. Não tinha ideia de que a vida estava a ponto de me ensinar a lição mais dura de todas. Aprendi a intensa dor de perder um ser amado de repente, sem aviso prévio, e sem ter o tempo para um último abraço e a oportunidade de dizer “Te amo” uma última vez. A dor e o choque de perder você tão de repente está comigo a cada momento de cada dia. Quando toquei o lado de John na nossa cama na noite de 08 de dezembro de 1980, percebi que ainda estava quente. Esse momento ficou comigo nos últimos 27 anos – e vai ficar comigo para sempre. Ainda mais difícil foi ver o que foi tirado de nosso lindo filho Sean. Ele vive com uma raiva silenciosa por não ter seu pai, a quem ele tanto amava e com quem compartilhou sua vida. Eu sei que não estamos sozinhos. Nossa dor é compartilhada com muitas outras famílias que sofrem por serem vítimas de violência sem sentido. Esta dor tem de parar. Não percamos as vidas daqueles que perdemos. Juntos, façamos o mundo um lugar de amor e alegria e não um lugar de medo e raiva. Este dia em que se comemora a morte de John, tornou-se cada vez mais importante para muitas pessoas ao redor do mundo como um dia para lembrar a sua mensagem de Paz e Amor e fazer o que cada um de nós podemos fazer para curar este planeta que nos acolhe. Pensem em Paz. Atuem em paz. Compartilhem a Paz. John trabalhou para ele toda a sua vida. Ele costumava dizer: “Sem problemas, somente soluções”. Lembre-se, estamos todos juntos. Podemos fazê-lo, devemos. Eu te amo! Yoko Ono Lennon.”


Indicação 2: O cenário do filme Cartas para Julieta (Letters to Juliet), acontece em Verona (Itália), onde se passou a história de Romeu e Julieta. Um grupo de voluntárias respondem as cartas que são deixadas todos os dias pregadas em um muro. São cartas destinadas a Romeu e Julieta pedindo conselhos amorosos.
 OBS: Por coincidência a atriz do filme Querido John (Dear Jhon) também é atriz do filme Cartas para Julieta (Letters to Juliet)


Achei esta ideia SUPER legal! Muito fofo e fácil não é?

Para encerrar, deixo aqui imagens da minha caixinha de cartas hehehe. 
Aproveitei para dar uma olhada em algumas... Os erros de português, a falta de concordância, as histórias antigas que eu já nem lembrava mais... confesso que dei muita risada sozinha enquanto lia. rsrs
Lembranças que valem ouro!